Caros leitores,
No post anterior falei de acordos ortográficos e dei alguns exemplos de como podemos acabar com o português a uma velocidade vertiginosa. Bem, se as novas ideias de reformismo verbal são uma forma de assassínio da nossa amada língua, perpetrada por cultos e financiados agentes do mal, posso afirmar que me dei de caras com alguns mercenários que, apresentando o mesmo objectivo e sem serem pagos, dão cabo da língua de Camões.
Este fim de semana, numa bela e culta localidade denominada Sines, deparei-me com dois assassínios descarados em locais duplamente públicos. Ora, duplamente públicos porquê? Em primeiro lugar, ambos ocorreram no Parque de Campismo Municipal de Sines (teoricamente publico); segundo, ambos ocorreram em casas de banho publicas (pelo menos até à data). Bem, não existiam vestígios de sangue nem restos de letras espalhados pelo chão... mas as marcas do massacre estavam bem evidentes e à vista de cada um. Numa porta de um compartimento de alivio (vulgo trono) ocorreu o primeiro crime... "Variada" estava escrito a marcador azul numa folha imaculadamente branca. Tragédia! A sanita não está entupida, partida ou estragada... está doida, maluca, diversificada ou como foi dito, "Variada" da cabeça. Procurei pela máquina fotográfica para registar o momento, mas tinha-a deixado no carro e pensei... "caga nisso!".
Já no ultimo dia, após termos procedido à desmontagem da barraca e ao pagamento da estadia, fomos tomar um café ao tasco do parque. Decido ir lavar as mão e passo na casa de banho (W.C. - Wonde se Caga) para mudar a água às azeitonas. Havia dois mictórios e num deles estava escrito: "Por culpa de alguns senhores que não o sabem usar, este hórinol está fora de serviço!" Podiam ter dito que o urinol estava "variado", mas preferiram dizer que ele se chama Hórinol e não funciona. Procurei no google o que queria dizer Hórinol e não encontrei rigorosamente nada. Não sei para que andam a meter estas coisas nas casas de banho publicas se não têm utilização. Chama-se esbanjar dinheiro, digo eu. Não fiquei com o registo fotográfico... a máquina continuava no carro (sucks man!).
Já em tempos, desloquei-me a Lisboa (LX para os killers) e numa empresa conhecida de comida "semi-rápida", que não vou dizer o nome (começa por P e acaba em an's), dei de caras com um palavricídio no papel que forra o tabuleiro da dita empresa. Citando: "Pão Chapata - O sabor Tradiconal". Sim senhor... apenas com a remoção de uma letra, não só tradicional se torna mais moderno como também apresenta um cariz mais pornográfico. Apesar de não saber português, Freud deve andar a dar voltas na campa com a criatividade destes directores de marketing. E aposto que usaram corrector ortográfico!
O nosso português necessita de guarda costas... Aceitam-se voluntários!
Não vamos deixar que o massacrem!
No post anterior falei de acordos ortográficos e dei alguns exemplos de como podemos acabar com o português a uma velocidade vertiginosa. Bem, se as novas ideias de reformismo verbal são uma forma de assassínio da nossa amada língua, perpetrada por cultos e financiados agentes do mal, posso afirmar que me dei de caras com alguns mercenários que, apresentando o mesmo objectivo e sem serem pagos, dão cabo da língua de Camões.
Este fim de semana, numa bela e culta localidade denominada Sines, deparei-me com dois assassínios descarados em locais duplamente públicos. Ora, duplamente públicos porquê? Em primeiro lugar, ambos ocorreram no Parque de Campismo Municipal de Sines (teoricamente publico); segundo, ambos ocorreram em casas de banho publicas (pelo menos até à data). Bem, não existiam vestígios de sangue nem restos de letras espalhados pelo chão... mas as marcas do massacre estavam bem evidentes e à vista de cada um. Numa porta de um compartimento de alivio (vulgo trono) ocorreu o primeiro crime... "Variada" estava escrito a marcador azul numa folha imaculadamente branca. Tragédia! A sanita não está entupida, partida ou estragada... está doida, maluca, diversificada ou como foi dito, "Variada" da cabeça. Procurei pela máquina fotográfica para registar o momento, mas tinha-a deixado no carro e pensei... "caga nisso!".
Já no ultimo dia, após termos procedido à desmontagem da barraca e ao pagamento da estadia, fomos tomar um café ao tasco do parque. Decido ir lavar as mão e passo na casa de banho (W.C. - Wonde se Caga) para mudar a água às azeitonas. Havia dois mictórios e num deles estava escrito: "Por culpa de alguns senhores que não o sabem usar, este hórinol está fora de serviço!" Podiam ter dito que o urinol estava "variado", mas preferiram dizer que ele se chama Hórinol e não funciona. Procurei no google o que queria dizer Hórinol e não encontrei rigorosamente nada. Não sei para que andam a meter estas coisas nas casas de banho publicas se não têm utilização. Chama-se esbanjar dinheiro, digo eu. Não fiquei com o registo fotográfico... a máquina continuava no carro (sucks man!).
Já em tempos, desloquei-me a Lisboa (LX para os killers) e numa empresa conhecida de comida "semi-rápida", que não vou dizer o nome (começa por P e acaba em an's), dei de caras com um palavricídio no papel que forra o tabuleiro da dita empresa. Citando: "Pão Chapata - O sabor Tradiconal". Sim senhor... apenas com a remoção de uma letra, não só tradicional se torna mais moderno como também apresenta um cariz mais pornográfico. Apesar de não saber português, Freud deve andar a dar voltas na campa com a criatividade destes directores de marketing. E aposto que usaram corrector ortográfico!
O nosso português necessita de guarda costas... Aceitam-se voluntários!
Não vamos deixar que o massacrem!
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Abraço
Dárcio
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