Convergimos para um êxtase de alegria e dificuldade financeira, hoje, dia de Maria... o 13 de Maio! Os corações dos portugueses estão ao alto, adorando a imagem de Nossa Senhora enquanto num palácio perto de nós, poucas ou nenhumas decisões concretas estão a ser tomadas perante a conjuntura económica que assombra a Europa, qual nuvem de cinzas de um vulcão com nome esquisito da Islândia.
É bom ver as medidas tomadas por parte dos nossos parceiros Ibéricos, com cortes valentes naqueles que vivem às custas do Estado, mas com rendimentos enormes. É bom ver esses mesmos parasitas do vulgar trabalhador a serem penalizados em 15% do seu ordenado. Ora, para alguns dos Directores deste nosso país, 15% iria fazer com que recebessem menos 34.500,00€ anuais, o que é aproximadamente 1,75 meses de ordenado (mais 0,75x do que sugerido por Paulo Portas) e em números gerais, corresponde à soma do rendimento mínimo anual de 7 pessoas, vulgares trabalhadores que dão ao litro diariamente para poderem pagar as suas contas e ter meia dúzia de trocos ao final do mês. Cá, nesta bela rocha, a "jangada de pedra", querem um corte de 2,9% nos ordenados desses mesmos senhores. Ora, 2,9% corresponderia a 6.670,00€... ou seja a pouco mais que um ano de ordenados mínimos.
Ademais, essas mesmas "medidas" são complementadas com o aumento de todos os impostos em 1%, passando para 21%, 13% e 6%... ou seja, o pequeno e trabalhador é que vai ter de pagar a crise de valores que se tem acentuado na governação deste país.
Acho realmente vergonhoso que os "Boys" continuem a tomar conta de um país que se diz livre de ditadores. Afinal de que serviu a Revolução de Abril? De uma forma muito geral, para dar lugar a um país constituído por uma massa de gente que trabalha a vida toda por uma reforma miserável... deixando alguns a ganhar num ano o que muita gente não consegue ganhar durante uma carreira inteira.
Se houve alguma coisa de bom no 25 de Abril, não foi para o "mexilhão" certamente. Esse, continua com as mesmas dificuldades, defendido por sindicatos constituídos por pessoas que querem é tacho em vez de defenderem as reais necessidades de quem precisa, prefere receber comissões por insolvências a lutar pela manutenção dos postos de trabalho, que numa análise monetária, nenhuma mais-valia lhes traria.
Vivemos em tempos tristes, em que a miséria de valores se avulta mais que a miséria financeira... em que o moral passou para milionésimo terceiro plano e a fúria de ganhar dinheiro "para mostrar" se encontra sempre primeiro. São tempos tristes em que quem manda não tem "tomates" para por as coisas na ordem, em que os favores se encontram sempre na linha da frente, em que para se chegar a qualquer lado se tem de ser filho de alguém e nunca a sua própria pessoa!
Enfim, triste país este que temos.
É bom ver as medidas tomadas por parte dos nossos parceiros Ibéricos, com cortes valentes naqueles que vivem às custas do Estado, mas com rendimentos enormes. É bom ver esses mesmos parasitas do vulgar trabalhador a serem penalizados em 15% do seu ordenado. Ora, para alguns dos Directores deste nosso país, 15% iria fazer com que recebessem menos 34.500,00€ anuais, o que é aproximadamente 1,75 meses de ordenado (mais 0,75x do que sugerido por Paulo Portas) e em números gerais, corresponde à soma do rendimento mínimo anual de 7 pessoas, vulgares trabalhadores que dão ao litro diariamente para poderem pagar as suas contas e ter meia dúzia de trocos ao final do mês. Cá, nesta bela rocha, a "jangada de pedra", querem um corte de 2,9% nos ordenados desses mesmos senhores. Ora, 2,9% corresponderia a 6.670,00€... ou seja a pouco mais que um ano de ordenados mínimos.
Ademais, essas mesmas "medidas" são complementadas com o aumento de todos os impostos em 1%, passando para 21%, 13% e 6%... ou seja, o pequeno e trabalhador é que vai ter de pagar a crise de valores que se tem acentuado na governação deste país.
Acho realmente vergonhoso que os "Boys" continuem a tomar conta de um país que se diz livre de ditadores. Afinal de que serviu a Revolução de Abril? De uma forma muito geral, para dar lugar a um país constituído por uma massa de gente que trabalha a vida toda por uma reforma miserável... deixando alguns a ganhar num ano o que muita gente não consegue ganhar durante uma carreira inteira.
Se houve alguma coisa de bom no 25 de Abril, não foi para o "mexilhão" certamente. Esse, continua com as mesmas dificuldades, defendido por sindicatos constituídos por pessoas que querem é tacho em vez de defenderem as reais necessidades de quem precisa, prefere receber comissões por insolvências a lutar pela manutenção dos postos de trabalho, que numa análise monetária, nenhuma mais-valia lhes traria.
Vivemos em tempos tristes, em que a miséria de valores se avulta mais que a miséria financeira... em que o moral passou para milionésimo terceiro plano e a fúria de ganhar dinheiro "para mostrar" se encontra sempre primeiro. São tempos tristes em que quem manda não tem "tomates" para por as coisas na ordem, em que os favores se encontram sempre na linha da frente, em que para se chegar a qualquer lado se tem de ser filho de alguém e nunca a sua própria pessoa!
Enfim, triste país este que temos.
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