Não há vida como a do campo, Nem fruta como a maça, Não há água como a do Norte, Para os perderes pela manhã. Não há sol como o de Agosto, Nem sol como o de Fevereiro, Vendo bem é sempre diferente, Vai variando o ano inteiro. Não há chuva como a da noite, Nem gotas como as do orvalho, Pena que para delas se beber um pouco, Fica-se com uma dor de costas do [Censurado] . Não há joia como o rubi, Nem como o diamante, ou a esmeralda, Não há nada mais fedorento que um poio, Conservado em belos cascos de fralda. Não há dia como o de hoje, Nem houve dia como o de ontem, Para a frente certamente haverá mais dias, Mas requerem que os montem. Não há flor como a da roseira, Que por acaso de chama rosa, Não há texto como a poesia, Quando se quer escrever em prosa.